Nery Porto Fabres
A humanidade e a necessidade de distração
Nery Porto Fabres
Professor
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Você sabe por que o ser humano gosta de sensações estranhas a seu mundo real? Coisas como ufologia, histórias de terror, ou qualquer ficção que o possa levar para um estado emocional distante de sua rotina? Bem, a resposta é que o humano precisa sair de cena de seu protagonismo. A vida real gera sentimentos que podem estressar, a ponto de causar depressão, angústia, medo… Enfim, sensação de incompetência profissional e pessoal. E para fugir disso, ele, o homem, precisa de uma distração.
Baseado nisso, as televisões de programações abertas, como os streamings, irão apostar suas fichas em atrações deste quilate: virão por agora todos os tipos de histórias que possam fazer os humanos a saírem de suas patéticas vidas modernas, cheias de violência urbana e descontentamento com tudo.
Que fique claro que isso não é modismo do século 21, sempre foi assim. Ainda não se encontra uma literatura específica sobre este fenômeno, porém, as guerras eram a única forma de se criar o vazio na alma, o caos e a desordem, para depois gerar um ambiente de fraternidade e paz buscando recuperar a harmonia mundial.
Mais tarde veio a Sétima Arte para transformar o mundo através das telas. Entrando assim no mundo virtual, a ideia sempre foi causar uma hipnose coletiva por meio da ficção, o cinema chegou de forma barulhenta, embora as primeiras apresentações se faziam sem som (conhecido como período do cinema mudo), o ano era 1895.
Adiante, já nas décadas de 50, 60, 70 e 80 do século 21, chegou ao ápice. E foi essa arte cinematográfica que manteve a humanidade distraída e feliz, basta um olhar mais atento e se consegue perceber. Lembram dos filmes E.T. (1982), Contatos imediatos do terceiro grau (1977), O planeta dos macacos (1967), O exorcista (1973)? Sou sabedor que a maioria lembra e irá lembrar de outros tantos. Pois bem, o passado apresenta uma carga probatória irrefutável que sustenta o meu discurso.
O que muda neste andar dos tempos são as pessoas e suas formas particulares de compreenderem o mundo que gira sobre si mesmo. De resto, tudo sempre será um movimento de fuga para os seres humanos olharem noutra direção e, assim, esquecerem suas responsabilidades por algumas horas.
O que não se recomenda é esquecer de vez das responsabilidades sociais e viver dentro de um mundo imaginário. Porque, se a população crescer demais a ponto de chegar a um número incontrolável, os cientistas cuidarão de aprisionar o homem em celas de um mundo paralelo, pois já criaram o metaverso (mundo virtual) para receber a população excedente. Eles irão pegar cada indivíduo deslocado da sociedade organizada e distraí-lo até o final de suas pequenas vidas.
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