Nery Porto Fabres
A Região Sul e suas belezas geográficas
Nery Porto Fabres
Professor
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Difícil conhecer alguém que não goste de um café passado na hora e um bom papo em volta da xícara. E não há quem não ouça as vozes altas ao passar pelo Café Aquários lá em Pelotas. Digo lá por falar aqui do Rio Grande, terra do mar, da maior praia do mundo, lugar de peixe em abundância nos melhores restaurantes, paraíso que permite lanchas circulando por águas de todos os lados desta península fantástica.
Aqui, do outro lado da segunda maior laguna do mundo, a Lagoa dos Patos, Rio Grande tem todas as características para se produzir o maior centro cultural do Rio Grande do Sul. Primeiro por ser a primeira região gaúcha que fincou bandeira na construção que inaugurou o Estado que revolucionou o modo de pensar do brasileiro. Aqui o café, como em Pelotas, está sempre nas rodas de conversas empolgadas entre os intervalos do chimarrão.
Mas, o que se percebe nessas rodas que se formam em volta do café, seja aqui ou no Café Aquários, é a falta de troca dos refis dos assuntos. Nas cafeterias se trocam os refis a cada vez que se acrescenta o café moído antes de se jogar água fervendo.
Já nas conversas, se falta fazer esse mesmo ritual. Pois sempre as ideias sem pé nem cabeça são as mesmas. Se trocassem apenas o refil das ideias, se teria uma outra linha de debate nas rodas de café.
Como já dito, Rio Grande tem uma geografia belíssima, tem calado (altura para navegações) ótimo para circulação de grandes naves aquáticas no canal de acesso para a segunda maior laguna do mundo.
Lá no Rio de Janeiro, estado que acolheu a família real e instalou a primeira sede de governo imperial no Brasil, há a Laguna de Araruama, ela é a maior laguna do mundo. E também por lá se aproveita o turismo de uma forma espetacular, o que fez com que a economia da região desse um salto em 2022.
Então, o que pergunto é o que falam tanto nestas rodas de café por aqui pela Região Sul? Quais ideias toscas ficam ali nesses discursos sonsos? Porque nada muda nesta região de Pelotas e Rio Grande. Há um conformismo com o fracasso. Fazem do desemprego notícia. Da desgraça fofocas. Do fechamento maciço do comércio desculpas esfarrapadas de economia fraca e juros altos. Enfim, ninguém move uma palha para explorar o turismo neste cenário que é uma das regiões mais lindas do Brasil.
Imagino que as autoridades públicas, os empresários, as associações, sindicatos, igrejas e todas as frentes sociais deveriam se unir a um olhar único, numa mesa de café passado com refil novo, para mirar a Região Sul e suas belezas geográficas.
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