Luciana Costa Gama
Oftalmologista

De acordo com o Centro de Olhos do Rio Grande do Sul, o ceratocone é uma doença ocular que atinge, anualmente, cerca de 150 mil pessoas, geralmente na faixa etária de dez a 25 anos, podendo se prolongar por décadas. O problema tem início na redução da espessura da parte central da córnea, que é projetada para a frente, formando um cone. Como resultado, temos uma visão distorcida.

Ainda não se conhece o causador do problema, mas se sabe que a fraqueza do colágeno da córnea, assim como o costume de esfregar e coçar os olhos podem contribuir muito para seu surgimento. Por isso, pessoas com muitas alergias correm maior risco de desenvolver a doença. Além desses hábitos, fatores genéticos e ambientais também podem desempenhar um papel importante em seu desenvolvimento.

O tratamento para essa condição pode variar, de acordo com a gravidade dos sintomas. Inicialmente, óculos com lentes de alta potência ou lentes especiais podem ser prescritos para a correção da visão, mas, em casos mais avançados, quando essas opções já não são eficientes, podem ser considerados outros tratamentos, como cirurgias ou transplante de córnea, em casos mais graves.

Além das opções tradicionais, existem novas tecnologias e abordagens em desenvolvimento para o tratamento do ceratocone. Entretanto, por não ter um agente conhecido, é imprescindível manter a saúde ocular sempre em foco. A prevenção pode ser feita através de exames oculares regulares, em uma rotina que ajude a detectar problemas precocemente, além de conhecer o histórico familiar de problemas oculares; gerenciamento de alergias.

Não espere o problema ficar ainda maior! Se você suspeita ter ceratocone ou está enfrentando algum problema visual, consulte um oftalmologista com urgência. Somente ele pode fazer o diagnóstico correto e recomendar um tratamento apropriado para a sua situação. A saúde dos seus olhos não é brincadeira!