Maria Alice Estrella
Narrativa
Por Maria Alice Estrella
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Meu novo projeto, que está em andamento, me direciona para um estilo diverso de escrever. Estou corrigindo mais do que redigindo, mas faz parte do plano. Escrevo, leio, releio numa dança cadenciada pelo teclado. Muitos rascunhos servem de alavancas e se fazem e refazem como num ensaio. E me reinvento a cada movimento das mãos que tentam acompanhar meus pensamentos, que são mais ágeis e rápidos do que pretendo.
No desenrolar dessa proposta que imponho a mim mesma, tenho aprendido muito a respeito do exercício de escrever.
Acostumei-me ao gênero que aborda os aspectos do cotidiano nas crônicas dominicais e agora estou aprendendo a contar histórias em narrativas com personagens, enredo, tempo e espaço.
Fascinante e revelador, ao mesmo tempo.
O tema é diverso, porém tem uma linha que une os assuntos de forma agradável, leve e distinta.
O livro está sendo gerado com muito carinho. Um carinho de décadas que se afivelam numa contação de histórias para serem lidas na sombra de uma árvore, de pés descalços aconchegados na grama na maior descontração possível.
Aliás, o projeto tem a pretensão de ser ameno para a leitura. Aquela leitura que faz sorrir, que brinca com o imaginário, que identifica realidades com fantasias.
Os personagens são múltiplos. O enredo se estrutura por si só em fatos que as lembranças guardaram. O tempo e o espaço se mesclam entre um relato e outro, envolvendo a imaginação com muito senso de humor.
O projeto aborda descrições que merecem ser resgatadas para testemunho de gerações que deixaram marcas através de sua criatividade e de suas peculiaridades.
Narrar essas histórias não está sendo tarefa fácil. Mas devo confessar que sinto muito prazer em reavivá-las.
Na verdade, estou dando um sopro de ar no que se deixou ficar no sótão da memória como tesouro intocável. Reanimando a minha própria história, resgato o que de melhor herdei e tal legado precisa ser passado para as próximas descendências na tessitura dos textos que estou redigindo.
Apesar do cansaço em remexer nos baús das lembranças tenho me divertido além do que pensei.
A cada história narrada sinto o prazer da colheita do bom fruto. A colheita que faz valer a semeadura e justifica cada palavra plantada no papel.
Mãos à obra!
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