Por Raquel Lhulier​
Psicóloga

A 48ª Feira do Livro de Pelotas voltou à Praça Coronel Pedro Osório após dois anos devido a pandemia do coronavírus. Neste ano tive a honra e alegria de autografar o meu mais recente livro Pausa no cotidiano: autocuidado e conexão com os filhos. Como a querida amiga e revisora editorial da Editora Ballejo, Heloísa Stefan, estava prevendo no nosso convite: “Imagine a cena: primavera, final de tarde, praça bonita, plena Feira do Livro. Respirar ar puro, circular pelas bancas de livros, encontrar uma boa leitura, matar a saudade de ver gente ao vivo, abraçar velhos amigos, conhecer pessoas novas...”

Realmente foi um belo momento para uma pausa, além dos abraços reencontrando pessoas queridas e criando novos vínculos. Nesta edição da feira foi extremamente gratificante ter a oportunidade de escutar dos outros autores um pouco sobre os seus livros e suas histórias. Como eu disse naquele dia, foi muito bonito escutar tantas motivações e histórias distintas dos autores, quanta beleza na diversidade de obras e olhares.

Para quem não estava lá falei um pouco sobre o meu livro e o quanto a própria capa ajuda muitas pessoas que já possuem o livro em mãos, a lembrar de fazer uma pausa, mesmo que breve. Lembrar de parar e desacelerar tem sido um desafio para todas as idades. Muitas vezes a atenção a necessidades básicas no cotidiano acaba sendo negligenciada e com isso os adoecimentos físicos e emocionais.

Pausar possibilita o aumento da nossa conexão (observar nossas emoções, pensamentos, os sinais do corpo) e com as pessoas ao nosso redor. Podemos e devemos nos permitir descansar, restaurar e desacelerar quantas vezes forem necessárias. Deixo aqui para vocês uma pausa reflexiva do trecho final da oração das emoções que consta no livro: “reconheça e aceite suas emoções, converse com elas, pegue leve com você: negar ou brigar com as suas emoções é travar uma luta constante contra si mesmo.”​