Nery Fabres
O Brasil e seu novo sistema de governo
Por Nery Fabres
Professor
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Não há nomenclatura mais apropriada que falastrões para essa turminha que gosta de barulho na política brasileira. E os manés, como eu, já perceberam que esses falastrões estão de olho nas vagas para as prefeituras em suas cabanhas eleitorais.
A vitrine são essas toscas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs), que mostram nas telas de todos os formatos que suportam as mídias deste Brasil de bananas, os políticos oportunistas esbravejando, peleando, acusando, absolvendo seus iguais.
Neste entrevero que mais parece feira popular, nada chega a lugar algum, no entanto a anarquia e o idiotismo ideológico alcançam os ouvidos e adentram a mente dos incautos.
E quanto mais medíocre é o conhecimento sobre o sistema político brasileiro, mais fácil de se engambelar o público eleitor.
Não me atreverei aqui a dizer que o Brasil carregou para dentro do Congresso Nacional, o sistema presidencialista e o converteu para um parlamentarismo de Arthur Lira.
Ora, já no governo Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados Federais decidia o rumo do Brasil, como se o presidente da República fosse uma figura ilustrativa.
Agora, neste atual governo confuso, perdido, desesperado e abandonado às moscas, o presidente da Câmara dos Deputados Federais assume definitivamente o papel de Primeiro Ministro do Parlamento, em lugar do omisso, fraco e covarde presidente da República Federativa Brasileira.
Então, lá se foi o regime presidencialista para as cucuias. E nesse novo arranjo de sistema político o País sempre estará em campanha eleitoral por meio de CPIs.
E se pode imaginar o que essas CPIs irão apurar: nada!!! Por quê? Porque as CPIs são formas de pressionar politicamente um governo e direcionar a visão deste para receber aliados de braços abertos e oferecer os recursos do erário sem limite de gastos.
Aí vem um aluno e pergunta: mas professor e a Constituição Federal, o que diz sobre isso? E o humilde e mané aqui responde: qual Constituição? Aquela que está na cabeça de qual ministro do Supremo Tribunal Federal?
Enfim, o Brasil alterou o poder dos três poderes, e cada um destes poderes tem um hermenêutica distinta para cada caso.
Neste imbróglio a nossa Nação se perde em meio aos falastrões e aos endeusados homens de togas. E o povo faminto aumenta em número, gênero e grau. Viva o Parlamentarismo.
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