Cenário

A um ano das eleições, movimentos se intensificam

Disputa para definir quem irá suceder Paula Mascarenhas na gestão de Pelotas segue indefinida

Foto: Divulgação - DP - Em Pelotas, o cenário da disputa está longe de ser definido.

Em menos de um ano, milhões de brasileiros voltam às urnas. Desta vez, para eleger os prefeitos e prefeitas que vão comandar seus municípios entre 2025 e 2028. Em Pelotas, o cenário da disputa está longe de ser definido. Pelo contrário, enquanto à esquerda e à direita partidos pensam numa estratégia que os torne viáveis, no governo, o PSDB precisa achar um nome de consenso, que mantenha os aliados unidos e possa quebrar a resistência natural a um grupo político que está no poder há 20 anos.

Com Paula Mascarenhas (PSDB) em seu segundo mandato, impossibilitada de buscar a reeleição, os tucanos devem testar alguns nomes em pesquisas para decidir qual será o candidato. A hegemonia de Pelotas no partido, com a prefeita Paula cotada à presidência da sigla no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite sendo presidente nacional e Daniel Trzeciak como um dos dois deputados federais do PSDB no Estado, torna ainda mais uma questão de honra garantir que a sucessora de Leite encaminhe também um sucessor.

No poder
Enquanto a prefeita diz liderar o processo de escolha do candidato, o presidente do partido em Pelotas, o vice-prefeito Idemar Barz, que migrou do PTB para o PSDB em 2021, reitera uma lista de nomes já conhecida que está sendo avaliada: ele próprio; o gerente de planejamento do Porto de Rio Grande Fernando Estima; o ex-deputado e secretário de Estado Luiz Henrique Viana e o deputado federal Daniel Trzeciak.

Um dos nomes mais citados é o de Trzeciak, que diz manter conversas com partidos aliados e ouvir "o que pensam as pessoas sobre o futuro de Pelotas". O deputado afirma que nunca descartou a possibilidade de concorrer em 2024. "O momento agora é avaliar com o grupo político o que é o melhor pra cidade", diz.

A prefeita Paula diz que as conversas vêm sendo feitas para uma renovação dentro do projeto político do grupo. "Virá um novo nome comprometido com os valores básicos que têm pautado nossa gestão e desse grupo político", disse.

Paralelo aos encaminhamentos do PSDB, partidos próximos do Executivo também apresentam nomes à disputa. Entre eles, o União Brasil, em que a presidente Maíra Lessa e o vereador Marcos Ferreira, o Marcola, lançaram-se pré-candidatos. Maíra afirma que os debates internos continuam.

No PSD, o presidente Carlos Júnior, vereador eleito e atualmente assessor especial do Esporte na Prefeitura, diz que o partido lançará seu nome à majoritária, aceitando ser prefeito ou vice, e que a sigla irá trabalhar para eleger mais vereadores.

À direita
Fora do ninho tucano, o Progressistas, que já fez parte do grupo político quando Adolfo Fetter Júnior antecedeu Eduardo Leite na Prefeitura, rejeita uma reaproximação com o PSDB. "Nosso entendimento é de que houve um 'desvio de rota', um dos motivos para o lançamento da candidatura do Fetter em 2020", diz o presidente do partido, Paulo Gastal. Para 2024, a sigla deve buscar a formação de uma frente de centro-direita, com o vereador Rafael Amaral colocando seu nome à disposição.

À esquerda
Se do centro para a direita o cenário está indefinido, do centro para a esquerda a fragmentação é ainda maior. Ao menos quatro partidos manifestam a intenção de disputar: PT, PDT, PSOL e PSB. Nesse campo, o PDT é a legenda que tem uma posição mais clara no momento e defende a pré-candidatura do presidente da sigla, Reginaldo Bacci. Segundo ele, está sendo elaborando um plano de desenvolvimento econômico e social sustentável e já está sendo montada uma estratégia para 2024.

No PT, o atual presidente Ivan Duarte diz que a tendência é construir diretrizes para lançar uma candidatura. Neste domingo, o partido elege sua nova diretoria e presidência. Uma das chapas, defendida por Duarte, defende adiar essa decisão para os próximos meses, enquanto a outra chapa defende desde já a candidatura do ex-prefeito Fernando Marroni. Além disso, o próprio Ivan diz desejar disputar a nomeação e também lista Iyá Sandrali como uma possível candidata.

No PSOL, o presidente Júlio Domingues diz que ainda não há uma posição oficial, mas que um setor majoritário do partido irá propor os nomes dele próprio e do vereador Jurandir Silva em caso de candidatura própria. Domingues diz que ainda não houve contato com outros grupos para uma possível composição, mas que o PSOL de Pelotas deve seguir a política de alianças deliberada pelo seu congresso nacional.

Ainda na centro-esquerda, o presidente do PSB e presidente da Câmara de Vereadores, vereador César Brisolara, o Cesinha, diz que a sigla está conversando com outras agremiações do campo de centro e esquerda sobre uma candidatura à Prefeitura. Cesinha admite a possibilidade de liderar uma chapa ao Executivo. "Eu não me veria com perfil de vice, mas óbvio que é um termo de construção", diz.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Vereadores pedem posicionamento da Prefeitura após denúncias Anterior

Vereadores pedem posicionamento da Prefeitura após denúncias

Servidor da Assistência Social é acusado de desviar recursos; Prefeitura envia carta à Câmara Próximo

Servidor da Assistência Social é acusado de desviar recursos; Prefeitura envia carta à Câmara

Deixe seu comentário