Educação
Assembleia define deflagração da greve na rede estadual de ensino
Paralização das atividades deve ocorrer já a partir desta terça-feira; motivação é o parcelamento nos salários dos servidores
Gabriel Huth -
Está deflagrada a greve na rede estadual de ensino. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária na manhã desta terça-feira (1º), na praça Matriz, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. A interrupção das atividades será imediata. A expectativa é de que as instituições permaneçam sem aulas a partir desta quarta-feira.
O depósito de mais R$ 450,00 feitos pelo Governo Sartori ao funcionalismo neste 1º de agosto - em um total de R$ 1,1 mil - não altera em nada a mobilização dos professores e funcionários de escola. Quem garante é o diretor do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato, Mauro Amaral. "Este segundo depósito, somado aos R$ 650,00, ainda não integraliza o pagamento dos nossos vencimentos", destaca. A medida adotada pelo governo, inclusive, contraria o previsto na Constituição Estadual, que estabelece o último dia do mês para o pagamento dos servidores.
Nova assembleia
A categoria volta a se reunir em assembleia geral, na capital do Estado, nesta sexta-feira. O encontro servirá para avaliação do movimento e definição de novos passos para pressionar também pela derrubada das Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que tramitam na Assembleia Legislativa e retiram direitos históricos dos trabalhadores, como o fim dos adicionais por tempo de serviço
Dia de articulação em Brasília
O governador José Ivo Sartori (PMDB) está em Brasília nesta terça-feira. Em reunião, no final da tarde, irá expor a situação financeira do Estado à bancada federal gaúcha. Sartori reforçará a deputados e senadores a necessidade de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, para o equilíbrio das contas. "Essa adesão é decisiva para que o quadro não se agrave ainda mais", garante.
Em entrevistas, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, já admitiu que os atrasos no pagamento dos servidores deverão forçar o encontro de duas folhas. Uma declaração que desanima e esquenta a mobilização dos professores.
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