Manifesto
Ato do Cpers-Sindicato termina em caminhada
Cerca de 300 servidores da Educação se juntaram à caravana; nesta sexta, nova marcha deve ocorrer em Pelotas
Jô Folha -
A sexta-feira (22) será de nova mobilização dos professores e funcionários da rede estadual de ensino, em greve desde 5 de setembro. A tarde será de caminhada, com concentração em frente à Escola Fernando Treptow, no bairro Fragata. Nesta quinta, cerca de 300 trabalhadores se engajaram à caravana, que começou com plenária no largo Edmar Fetter, contou com música e Tenda da Solidariedade e terminou em marcha pelas ruas centrais. Foi mais um manifesto para os servidores engrossarem um mesmo coro: Sem salário, não tem trabalho.
Com bandeiras, apitos, faixas e cartazes, os trabalhadores da Educação mandaram um mesmo recado ao governo de José Ivo Sartori (PMDB): as assembleias agendadas para a próxima semana não serão de avaliação da greve e, sim, para ampliar o movimento que chegaria a aproximadamente 75% de adesão em todo o Rio Grande do Sul - estima o Cpers-Sindicato. Na região de Pelotas, o 24º Núcleo calcula que a interrupção das atividades alcance os 85%.
Ao microfone, em discursos acalorados, a categoria voltou a destacar que a luta tem alvos certos: o fim do parcelamento dos salários e do 13º, a reposição salarial - que não ocorre desde novembro de 2014 - e a retirada de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tramitam na Assembleia Legislativa e atingem direitos conquistados pelos trabalhadores, como a licença-prêmio. "Já avisamos que o governo não subestime a nossa capacidade de mobilização. Tem cada vez mais pessoas aderindo ao nosso movimento", sustentou uma das líderes do Comando Estadual de Greve, Cleusa Werner.
Os repasses mensais de cerca de R$ 328 milhões - referentes ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - também serviram para embasar as críticas disparadas ao governo, já que a folha do mês de agosto dos servidores da Educação teria sido de R$ 235 milhões. Uma auditoria nas contas voltou, portanto, a ser defendida pelo Cpers, já que a liberação dos recursos do Fundeb deveria ter suprido o pagamento integral dos salários, que pela 21ª vez foram parcelados.
Parada estratégica
A caminhada desta quinta teve parada obrigatória em frente ao prédio da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE), na rua Barão de Butuí; de onde professores e funcionários partiram rumo ao Banrisul da rua Marechal Floriano. Um coro de Fora Sartori e Da salinha não; a luta é aqui no chão, a categoria reforçou o convite para novos colegas cruzarem os braços em protesto pela medidas adotadas pelo governador.
Durante todo o ato desta quinta, os profissionais aproveitaram para esclarecer as razões da greve e distribuir material informativo à comunidade.
A mobilização desta sexta
- Caminhada no bairro Fragata: concentração em frente à Escola Fernando Treptow
Horário: 13h30min
Agende-se!
- Assembleia do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato
Quando: quarta-feira, 27
Horário: 15h
Local: Asufpel
- Assembleia geral em Porto Alegre
Quando: sexta-feira, 29
Horário: 8h30min
Local: Gigantinho
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário