Apreensão

Furacão Irma preocupa pelotenses

Turbilhão mais forte já registrado na bacia do Atlântico deve atravessar a Flórida neste sábado; "Não vamos pagar pra ver", garante pelotense Felipe Maldonado Garcia, que mora em Miami

São dias de tensão para brasileiros que moram nos Estados Unidos. O furacão Irma, o mais forte já registrado na bacia do Atlântico, deve atravessar com intensidade a costa americana, passando pelo estado da Flórida na noite deste sábado (9). Irma foi classificado como categoria 5 - a mais alta, mas pode ser rebaixado para 4 quando chegar aos Estados Unidos. Especialmente depois do furacão Harvey, que provocou destruição no Texas, deixando mais de 60 mortos e prejuízos de 180 bilhões de dólares, a apreensão é grande.

O Irma atingiu Antígua e Barbuda, ilhas do Caribe, na manhã de quarta-feira. Depois, passou por São Martin e Ilhas Virgens, e seguiu seu trajeto em direção a Porto Rico, República Dominicana e Haiti. As últimas informações davam conta de 19 mortos após passagem no Caribe. Na República Dominicana, 24.116 pessoas ficaram desalojadas. O furacão seguirá para Cuba e depois, Flórida.

Pelotense que mora em Miami, Felipe Maldonado Garcia, 38, conta que a região Sul da Flórida já tem ordem de evacuação há dois dias, mesmo que voluntária. O Condado de Monroe, por exemplo, no extremo sul do estado, zona de frequentes furacões, foi o primeiro lugar a ser evacuado. "O sentimento é de apreensão, a gente nunca viveu isso. Não vamos pagar pra ver", fala. Mesmo morando em um apartamento já enquadrado nos padrões de segurança contra esse tipo de fenômeno e não ter recebido ordem de evacuação, decidiu viajar para longe da ameaça. Ele e a família estão a caminho de Indiana.

Felipe foi transferido há quatro anos para Miami pela empresa em que trabalha e vive com a esposa e uma bebê de nove meses. Sua maior preocupação é com o pós-furacão. "Embora tivéssemos comida, baterias, não tenho certeza se as estruturas iriam aguentar. O pós-furacão também é problemático. Ficar umas horas sem energia elétrica é uma coisa, duas semanas sem é diferente", compara. Quando conversou com a reportagem, às 14h30min desta sexta-feira, estava a caminho de Atlanta, capital da Géorgia, cidade afastada da costa americana e que não deve ter estragos.

No caminho, chamava a atenção para o trânsito nas estradas - cheias de habitantes indo em direção ao norte do país. Comboios de 15 a 20 caminhões de companhias elétricas também atravessavam as rodovias para desligar a energia na Flórida. "Já estamos bem longe de Miami, mas ainda tem muito trânsito", comentou. Hotéis, também: todos lotados.

O Centro Nacional de Furacões do governo dos Estados Unidos classificou o Irma com um dos cinco mais poderosos furacões a passar pelo Atlântico nas últimas oito décadas. Durante os picos, o fenômeno pode chegar a 295 quilômetros por hora. O Irma deve ser ainda pior do que o furacão Andrew, que devastou a Flórida em 1992.

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