Televisores, rádios, diferentes peças de computadores, aparelhos de DVD e VHS, entre outros eletrônicos ocupam as dependências do prédio localizado na rua Lobo da Costa. São aproximadamente 60 toneladas de equipamento, sob responsabilidade da ONG Ceadi Planeta Vivo, distribuídas nos três pavimentos da edificação tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). O repasse de recursos para a nova sede está autorizado, mas ainda não há previsão de mudanças.

Em fevereiro o prefeito Eduardo Leite (PSDB) assinou documento que destina R$ 249.838,20, oriundos do Fundo Municipal de Proteção e Recuperação Ambiental, à ONG Ceadi Planeta Vivo, responsável por receber os resíduos. A verba será aplicada na compra de um veículo para fazer a coleta dos materiais - o planejamento é que todos os sábados haja recolhimento, em diferentes bairros da cidade -, além de adequação da nova sede e compra de equipamentos de descontaminação dos aparelhos.

Embora sem data para mudança, conforme o diretor da ONG, Cláudio Bittencourt, o novo local já tem endereço: na avenida João Goulart, 6.975. A princípio serão ocupados 200 metros quadrados de um espaço total de 500 metros quadrados e, assim, ampliar o atendimento. “Com mais espaço poderemos recolher lâmpadas, eletrodomésticos, baterias... ainda estamos vendo como será”, relata.

Funcionamento
Quando o descarte chega ao local, ele passa por uma triagem, para verificar se ainda funciona ou se é de fácil recuperação. O trabalho é desenvolvido por cinco estagiários voluntários, acadêmicos de cursos relacionados à informática e meio ambiente, e outros três profissionais também vinculados às áreas. Depois de recuperado, o equipamento é parcialmente doado a diferentes entidades. 

“Não existe equipamento perdido”, garante Bittencourt. Por mais que a máquina não funcione, algo dentro dela tem vida útil. Para realizar o descarte de lixo eletrônico é necessário fazer um cadastro na Ceadi. O procedimento é simples e não toma muito tempo.