Atualizada às 17h24min

A expectativa se confirmou: os professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) deflagraram greve. A decisão, tomada por ampla maioria, passa a valer a partir desta segunda-feira (24). A assembleia geral da categoria lotou a sede da Associação dos Servidores (ASUFPel). Na hora da votação, por volta das 11h, precisou acontecer, inclusive, revezamento. Alunos, que acompanhavam os debates, tiveram de se deslocar ao pátio para todos os docentes poderem entrar e exercer o direito de defender sua posição.

Assim que confirmada a greve, um coro de A nossa luta unificou. É estudante junto com o trabalhador se espalhou pelo salão, com palmas, gritos e mãos ao alto. Na pauta, também colocada em apreciação, os professores reforçam o "Não" à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, à Reforma do Ensino Médio e ao Programa Escola Sem Partido; a chamada Lei da Mordaça. A categoria ainda aprovou trabalhar na construção de uma greve geral no país.

A partir da manhã desta segunda, portanto, servidores, docentes e alunos da UFPel estão paralisados. À tarde, integrantes do Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Cocepe) aprovaram o pedido de congelamento, por tempo indeterminado, do calendário acadêmico.

Confirmado
O professor da Escola Superior de Educação Física (Esef), Pedro Curi Hallal, reitor eleito da UFPel, ajudou a referendar o movimento de greve. Ao conversar com o Diário Popular na sexta-feira, 14 de outubro, já havia enfatizado que as greves são manifestações completamente legítimas: "E, neste caso, eu não me coloco como gestão, não só porque não assumi, mas também porque sou participante de uma categoria e a minha categoria vai terautonomia para decidir se vai entrar ou não em greve e eu vou apoiar a decisão que a categoria tomar. E, se possível, estarei lá pra votar".

As manifestações desta segunda:
- 16h: Lançamento da Frente em Defesa do Serviço Público 
- 17h: Ato Fora Temer
Local: largo Edmar Fetter