Por Vitória de Góes

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Estimular a inovação e o processo criativo através da tecnologia é um dos pilares do RoboPel. O evento, fruto de um projeto iniciado em 2017, chegou à sua sexta edição e recebeu, entre quinta (6) e sexta-feira (7), mais de mil alunos de escolas públicas e particulares do Município, no Parque Tecnológico. A organização contou com a parceria do Executivo e de empresas privadas.

A programação deste ano contou com diversas oficinas, ministradas por professores de instituições locais e por outros profissionais ligados a parceiros, como Sebrae e Sicredi. Dentro disso, foram realizadas atividades relacionadas à robótica, programação e criatividade.

"O RoboPel foi concebido com esse conceito, em como apresentar essas coisas para a comunidade para que tanto os alunos entre si possam construir coisas, interagir com jogos, trabalhar com impressoras 3D, e então os professores também se inspirarem e levarem para as suas escolas", explica o Tiago Primo, diretor técnico científico do Parque Tecnológico e professor de computação na UFPel.

Uma das novidades deste ano foi a presença de discentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Rio Grande, estimulando os alunos do ensino básico através de uma mostra de projetos desenvolvidos dentro da educação superior.

"É legal porque a gente recebe todo o ensino básico e um pouco do superior. Então as crianças podem participar de atividades nas quais elas já vão começando a perceber até onde elas podem chegar", destaca Tiago.

Na quinta-feira (6) a prefeita Paula Mascarenhas visitou o evento e realizou a entrega de 20 novos kits de robótica para as escolas da rede municipal que participam do projeto Clubes de Robótica e Computação Criativa, coordenado pelo Centro Tecnológico Educacional de Pelotas (Cetep) da Secretaria Municipal de Educação (Smed).

Participação ativa

Como o propósito é trazer o pensamento tecnológico para o dia a dia dos estudantes e, consequentemente, da comunidade como um todo, algumas escolas participaram expondo projetos que são desenvolvidos em sala de aula ao longo do ano. É o caso da Escola Santa Mônica, que desde o 6º ano os alunos passam a ser inseridos nesse meio através da disciplina de robótica.

"Na escola eles aprendem a ter protagonismo, trabalhar em equipe, são feitos grupos e em cada aula há um setor para ser trabalhado. Aprendem configuração, programação, teste, organização dos materiais", explica o professor de robótica, Mozer Sedrez.

Há quatro anos participando do RoboPel, desta vez a escola levou os alunos da equipe de robótica para apresentar seus projetos. Enzo Boschett está no 9º ano e estava animado com o desafio. "Eu gosto bastante. A gente trouxe para apresentação um foguete, o futebol de robôs e outros projetos", relata.

Também participaram da exposição de trabalhos a Escola Sesi de Ensino Médio, a Escola Mário Quintana, uma equipe de robótica da Universidade Federal de Pelotas, a empresa Elimu, e o Sebrae.