Marcelo Oxley

Bomba no pé (Lula agradece)

Por Marcelo Oxley
Jornalista
[email protected]

Somos contra, minha família e eu, qualquer movimento antidemocrático que possa existir no Brasil ou fora dele. Liberdade de expressão e opinião contrária jamais podem ser confundidas com os últimos acontecimentos em Brasília. Se a polícia prendeu quase 1,3 mil vândalos, que prendam quantos forem necessário e os façam arcar com as despesas do depredamento ao nosso patrimônio.

A busca pelo que existe de correto e justo sempre tiveram cadeira cativa em nosso lar. Fomos cavalheiros e democráticos quando saímos às ruas em 2016 pedindo o fim da corrupção e hoje sabemos que pouco adiantou, porém, fizemos a nossa parte. Fomos cavalheiros e democráticos ao assistir o resultado das eleições à Presidência, mesmo que, até hoje, não entendamos como isso possa ter acontecido.

Por outro lado, somos conscientes que sempre existiram "protestos" que fugiram de sua normalidade. Citarei alguns para que possamos refrescar nossas memórias: em 2006 manifestantes do MST (organização ligada ao PT) invadiram a Câmara dos Deputados em Brasília. Em janeiro de 2014 esquerdistas radicais estouraram um rojão na cabeça de um cinegrafista que veio a óbito. Em 2016 houve um quebra-quebra na Avenida Paulista contra o impeachment de Dilma Roussef (manifesto convocado por movimentos ligados ao PT). No mesmo ano, a turma do MTST promoveu vandalismo na Fiesp e Guilherme Boulos, "grande" representante dos interesses da esquerda no País, apoiou. Já em 2017, uma nova invasão do MST, desta vez aos ministérios do governo federal, contra a reforma trabalhista. Em março de 2020 o MST, citado diversas vezes, invadiu e vandalizou o Ministério da Agricultura - prédio público. Ainda naquele ano, esquerdistas radicais entraram na Assembleia e quebraram tudo, contra a reforma da Previdência. Em 2021 atearam fogo na estátua de Borba Gato e, sob aplausos, diziam ser os novos revolucionários do século XXI. Por último, para não tomar mais tempo de leitura, em 2022 esquerdistas radicais, também muito citados até aqui, colocaram fogo na sede da Bayer em Jacareí em São Paulo e foi também neste mesmo ano que houve uma invasão do MTST ao Shopping Iguatemi.

Qual a relação que o primeiro parágrafo teria com o terceiro? Simples: todos deveriam estar presos ou pagar, severamente, pelo que fizeram. Atos desta magnitude sujam o nome do País.

Ter um posicionamento de direita, assim como tenho, não quer dizer selvageria pelo resultado das urnas ou pela tendenciosidade que atravessa o STF. É preciso seguir com nossos parâmetros e indignação pelo momento atual de nossa política, desde que sejamos ordeiros e respeitosos. Todavia, nos calarmos, nunca!

Essa desordem, muito conhecida por outro viés político e agora promovida por milhares de bolsonaristas radicais, colocou Lula em primeiro lugar do pódio no quesito "pobrezinho". São coisas que só acontecem no Brasil: você é legitimado presidente, preso, solto, mais uma vez presidente e neste momento está no topo das lamentações, ou seja, tudo que possa acontecer no País será revertido para o bem do atual presidente. Se você for pego numa blitz, por algum motivo, vão achar uma maneira de creditar na conta do "Deus do bem". Se você se posicionar de forma contrária às novas medidas de gestão, pode pagar bem caro logo ali.

Os culpados pela baixaria que aconteceu na capital precisam ser responsabilizados, é fato. Mas os milhões de brasileiros que desaprovam a maneira como governa o PT não podem estar incluídos nos últimos atos antidemocráticos. Já pensou se colocássemos toda a esquerda em tudo que fora citado?

Devemos seguir nos posicionando, mesmo com algum receio daquele rapaz que se julga o super-herói da democracia. Todavia, de forma pacífica. O medo que existe, imposto pelo "semideus", não deve ser maior que nossas atitudes.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

O que o agronegócio espera do governo?

Próximo

O alimento que muda uma vida

Deixe seu comentário