Editoria

Coexistência

A matéria da página 9 da edição de hoje do Diário Popular expõe a necessidade de pensar em maneiras de coexistência entre agronegócio e meio ambiente. Ambos devem coexistir, já que um é dos principais motores da economia da nossa região, e deve seguir sendo estimulado, já que milhares de famílias dependem disso. Por outro lado, há que se pensar na preservação do nosso mundo para que, além de evitar perdas e até extinção de plantas, como citado na reportagem, pense-se na estruturação que a vegetação dá para evitar tragédias.
Felizmente, nota-se cada vez mais uma percepção geral para a importância da sustentabilidade ambiental e setores do agro enxergam essa necessidade. Mas, afinal, como avançar em um setor tão importante quanto a agricultura e, ao mesmo tempo, frear a diminuição do espaço das nossas paisagens naturais? Há que se pensar em maneiras de coexistir e, o próprio professor da Universidade Federal de Pelotas, João Igansi, entrevistado na reportagem, aponta a possibilidade de se criar parques de preservação. Não necessariamente isolados, mas que existam em paralelo à produção agrícola.
Vivendo tudo o que vivemos em um mês de enchentes, é necessário refletir sobre isso em um cenário em que cheias de rios causaram catástrofes que ceifaram vidas no nosso Estado e, aqui na região, centenas de famílias precisaram deixar suas casas. A preservação dessas áreas do bioma natural previne um pouco as cheias, já que diminui o escoamento de água. Sem essa interferência, toda a precipitação vai direto aos corpos hídricos, ou então incha o solo. Por sermos uma planície, pouco sofremos com deslizamentos. Ao menos isso!
Essa preservação, além disso, deve ser vista com bons olhos pelo agronegócio, uma vez que grandes potências importadoras cada vez mais valorizam a sustentabilidade na hora de comprar um produto. Essa coexistência tem que ser trabalhada de uma maneira a ser benéfica a todas as partes, estimulando nosso agro de uma maneira que agregue ainda mais valor a produtos que já são de extrema qualidade e, ao mesmo tempo, preservando o local onde vivemos para que, já pensando em gerações futuras, o impacto das mudanças climáticas e ambientais não seja tão forte e, pensando em um mundo ideal, sequer nos atinja da maneira que é previsto.


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