Por Raquel Lhulier​
Psicóloga

No dia 6 de Janeiro foi comemorado o Dia da Gratidão. No que você pensa logo que escuta a palavra gratidão? A gratidão genuína está longe de ser aquela imposta por outras pessoas ou que podem nos despertar sentimentos de culpa. Gratidão não é algo que se cobra ou que colocamos em uma lista de tarefas ou obrigações.

O meu convite para reflexão aqui é sobre a gratidão como um movimento interno e ação que pode nos fortalecer diante das adversidades da vida, em que realmente olhamos para as nossas sombras e percebemos as experiências tais como elas se apresentam para nós. Cultivar a gratidão nos ajuda a não sermos sugados pelas dificuldades e sim aprendermos com elas e nos fortalecermos.

A prática da gratidão nos ajuda a criar conexões saudáveis no cérebro, liberando substâncias relacionadas ao bem-estar, o que nos ajuda a olhar a vida de uma maneira mais clara e também a refletir sobre nossas realizações e nossos valores. Ela nos ajuda a consolidar memórias positivas, ao invés de supervalorizar os erros ou o que não deu certo. Podemos equilibrar e valorizar os feitos até então diante de nossas possibilidades, quem somos e o que temos até agora. Ela também nos ajuda a cultivar uma mente mais compassiva e nos colocarmos mais no lugar do outro.

Existem vários aplicativos gratuitos que oferecem práticas da gratidão guiadas, mas você pode simplesmente parar durante alguns instantes durante o dia, ao acordar ou antes de deitar e observar profundamente o que você é grato naquele momento. Faça registros, anotações em um caderno ou faça um pote da gratidão. Compartilhe com as pessoas mais próximas o que você identificou, além de fazer bem para você e para quem escuta, serve de inspiração e modelo para todos praticarem.​