Thaís Russomano
Um chá com Dickens
Por Thaís Russomano
Médica especializada em Medicina Espacial
A Inglaterra viu nascer, em 1812, Charles John Huffam Dickens, um de seus mais importantes romancistas. Escritor talentoso, suas obras continham uma visão crítica à vida inglesa e foram fundamentais para a estruturação de uma sociedade mais justa.
Dickens viveu na Era Vitoriana, tendo passado alguns anos de sua vida adulta na casa de número 48, da rua Doughty - hoje, um museu em sua homenagem. Ali, pode-se mergulhar na intimidade da família Dickens, revelada na reconstrução de salas, quartos e banheiros, de uma adega e da cozinha. É impressionante poder enveredar pelo mundo literário de Dickens: sua escrivaninha, sua poltrona preferida, seu local de leitura e suas estantes repletas de livros.
Foi nessa casa que algumas de suas mais famosas obras foram escritas. Nela, também morreu sua cunhada, de quem Dickens gostava muito, o que o deprimiu e acabou trazendo o tema da finitude humana para seus livros.
Charles Dickens e Catherine Hogarth tiveram 10 filhos. A vida do casal, porém, foi turbulenta. Em 1858, Charles acabou solicitando a separação da esposa. Havia outra mulher em sua vida - Ellen Turnan, ou Nelly. Foi somente após deixar Catherine que seu romance extraconjugal ficou público.
No último andar da casa, ficava o local onde serviçais e crianças passavam a maior parte do tempo, pois não deveriam ser vistos ou ouvidos durante reuniões sociais e literárias. Uma grade de prisão foi colocada ali, numa referência simbólica à infância de Charles. Seu pai foi preso por ter dívidas, quando ele tinha 12 anos, obrigando-o a trabalhar. Foi essa fase da vida de Dickens que o motivou a lutar por uma sociedade mais humana e justa - tema que acabou sendo a inspiração de muitas das histórias de seus livros.
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