Opinião
Javier Milei, boa sorte
Por Marcelo Oxley
Empresário e jornalista
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Lamentavelmente, já estamos lendo que Milei afundará a Argentina. De forma inacreditável, vejo "professores", "profetas" e "entendidos" do assunto, estarem assustados com o novo governo. Uma pergunta simples: "a Argentina poderia estar pior?" Sejam sinceros, por favor. Fechem os olhos e respondam com a razão e não com política.
Quando Lula reassumiu o Brasil, não ouvimos relatos de que fosse pegar um País destruído, quebrado pela economia. A esquerda esteve preocupada em vencer um homem que não suportava, por sua fala pouco polida. Todavia, o Brasil andava muito bem, mesmo atravessando uma pandemia.
A inveja anda abraçada com a falta de argumentos ou, pelo menos, com alguns que não se sustentam. Você não querer que A ou B seja presidente pelo que acredita é uma coisa, mas desconsiderar que o novo presidente argentino não possa colaborar para reconstruir um País destruído é outra completamente diferente. Esse discurso, o qual já estamos acostumados a ver, é mais um daqueles que diz "estar tudo bem", mesmo em meio a falência nítida de uma sociedade liquidada por um governo irresponsável e estadista. Fogem da responsabilidade de uma administração incompetente com artifícios pueris.
Por ora, vamos aos números e alguns dados mais específicos que fazem com que a Argentina esteja atravessando tempos sombrios, semelhantes a hiperinflação de 1989. Talvez os senhores, que já escrevem antes mesmo de Milei tentar salvar o seu povo, consigam refletir de forma justa, honesta e democrática; você sabia que a inflação daquele País beira aos 138%? E que a pobreza, através do seu custo de vida altíssimo, já ultrapassa os 40% da população? Ou seja, de cada dez argentinos, somente seis ainda conseguem ter uma vida digna. Os demais sofrem diariamente. Você sabia que o último governo Peronista, com políticas públicas, aumentou os gastos públicos consideravelmente? Não à toa que a Argentina tem dívidas incalculáveis com outros países, inclusive com o Brasil. Você sabia que houve uma grande desvalorização do Peso? E que assim, claramente, a Argentina vira refém de outras moedas?
Os nossos irmãos estão na pobreza. Javier Milei, já chega com uma oratória de redução de gastos públicos. Uma medida sensata e inteligente para um povo que já foi um dos mais ricos e promissores do mundo. O novo presidente também deverá receber lideranças opostas ao governo de Massa. Nada mais justo: é preciso renovação e, quando a casa está bagunçada e desorganizada, é preciso com urgência.
Não consigo acreditar que já haja uma resistência a Milei. Se a Argentina estivesse em paz com seus cofres e uma população feliz com o governo anterior, ok. Porém, o que vemos e somos sabedores é de um país às escuras e ansioso por mudanças, por alguém que não se renda aos "encantos" de uma esquerda torta que visa o seu próprio bem-estar.
Paraguai, Equador e Uruguai já manifestaram o seu apoio a essa mais nova Argentina, que quer se livrar de um governo truculento e contra a liberdade.
Por aqui, milhares de brasileiros também ficaram felizes com Milei. Não apenas por ele ter derrotado a esquerda, como já fizeram os países citados acima, mas por apresentar uma vontade e coragem de tirar a sua bandeira do fundo do poço, da lama.
Tenho plena convicção de que ele estará no Brasil para cumprimentar um presidente de direita, nas próximas eleições presidenciáveis.
Mãos à obra, Javier, você tem total condição de mudar o rumo de seu país. Não será fácil! Conte com a torcida de pelo menos metade dos brasileiros.
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