Rubens Amador
Para que fiquemos pensando...
Como um castigo, de repente, a vida nos serve um quitute que nos iguala a todos: o coronavirus! O que posso pensar, divagando, é que nos tempos antigos, quando não havia celulares, automóveis nos números de hoje, e outros progressos; no tempo das gamelas, quando se comia araçá no pé, o morango tinha gosto de morango, e a gente não comia esses famosos hambúrgueres incorporados à nossa dieta, e que vêm engordando doentiamente as pessoas. Lembram-se do tempo em que os gordos eram muito poucos? Raros? Lembram dos rios que deixavam a gente ver os peixes sob a água? As nações se bastavam, e cada uma vivia a sua realidade. Comia-se pão com banha. Não se falava em colesterol nem em triglicerídeos.
Mas também de repente uma classe de comerciantes surgiu, lá pelo fim dos anos 1940, pois tinham gostado da primeira guerra mundial e tornaram-se comerciantes da morte. Falo dos vendedores de armas! Dessas pessoas (jamais alguma foto delas apareceu em qualquer órgão de imprensa em todo o mundo!). E começou a aparecer mal estares bélicos nas Coreias do Sul e do Norte, na Índia e no Paquistão; Síria, Iêmen, Sudão do Sul, Iraque, Afeganistão, Líbia, Rússia e Ucrânia, Turquia e curdos, Israel e Palestina. E por aí o mundo nunca mais teve paz verdadeiramente.
Escrevi em certo órgão, há algum tempo, que a Primeira Guerra tinha dado ao mundo aquela pandemia horrível que foi o vírus da Influenza. A "espanhola". E por associação lembrei que aquela pandemia poderia ter surgido como consequência da hecatombe, onde milhões de pessoas foram mortas. As guerras tornam os homens insensíveis. Daqueles milhões de mortos nos campos europeus, outros milhares devem ter ficado insepultos. Durante as guerras o cavalheirismo desaparece, e morto que se lixe! Só que, no meu entender, tanto naquela época quanto nos corpos insepultos de hoje, que resultaram no morticínio horrível das guerras que acima ventilei, são, para mim, um leigo - apenas um observador - uma das causas do atual coronavirus, como consequência dos milhares de corpos que apodreceram na natureza, infestando-a de vírus, como já fizera com o Ebola, na África, quando víamos os corpos de crianças cheios de moscas no colo de seus pais - praticamente esqueletos - e alguns atirados no solo.
O que sei, basicamente, é que antigamente quando não havia essas guerras, se comia araçá no pé.
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