Editorial

Um ano para ser esquecido

O mês de novembro recém começou e já estamos nos referindo ao futebol pelotense no passado. Como bem lembra a reportagem dos repórteres Fernando Rascado e Gustavo Pereira, no Diário Popular, uma temporada futebolística não acabava tão cedo para o trio da cidade desde 2011.

Para o Grêmio Esportivo Brasil, o 2022 foi tão ou até mais frustrante do que 2021. De volta à Série C do Campeonato Brasileiro depois de seis temporadas seguidas entre os 40 principais clubes do país, o Xavante viveu bons momentos nos primeiros meses do ano. Foi semifinalista do Campeonato Gaúcho e, por pouco, não foi à decisão. Antes, porém, veio a primeira ducha de água fria nos planos rubro-negros. A precoce eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, diante do Glória de Vacaria, resultou em uma perda de R$ 750 mil em premiação. Sem fôlego financeiro para melhorar a qualidade do elenco, o Brasil fez uma Série C abaixo da expectativa e terminou a temporada com mais um rebaixamento nacional. O torcedor ainda viveu o constrangimento de ver o clube desistir da participação na Copa Tarciso Flecha Negra semanas antes do início da mesma.

Por falar na Copinha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), foi nela onde o Grêmio Atlético Farroupilha viveu os seus melhores momentos no ano. Um improvável empate por 3 a 3 com o rival Pelotas, na Boca do Lobo, e vitórias por 3 a 0 sobre o União Harmonia e 7 a 0 pra cima do Sapucaiense elevaram a autoestima dos torcedores do Fantasma. Nem mesmo a derrota por 1 a 0 para o Monsoon, nas oitavas de final, apagou essa ótima impressão que o clube deixou neste final de ano. No caso do Tricolor, o pior aconteceu no início. Além de perder Guilherme Silva Dias, o Trem, torcedor-símbolo da equipe fragatense, ainda foi preciso lidar com uma suspeita de manipulação de resultados, que ganhou ainda mais força coma derrota de 7 a 0 para o Grêmio Bagé, durante a Terceirona Gaúcha. O triste caso ainda está sendo investigado.

Para o Esporte Clube Pelotas, 2022 poderia ter sido o ano da redenção. Mas os dois objetivos da temporada pararam no mesmo adversário, o Passo Fundo. Na Divisão de Acesso, a eliminação nas quartas de final - que impediu o clube de brigar por uma das vagas na elite estadual - veio da forma mais cruel possível: nos pênaltis e dentro da Boca do Lobo. Mesmo sem dinheiro, o Lobão não desistiu da temporada e confirmou presença na Copinha. Em jogo, a honra de seguir jogando e o sonho de disputar a Copa do Brasil em 2023. Depois de avançar na primeira fase e passar por dois mata-matas - contra Três Passos e Monsoon - chegou a vez de encarar o Passo Fundo mais uma vez. Uma derrota doída em casa, onde o time foi amplamente superior, e um empate no Vermelhão da Serra decretou o fim da temporada, para o Pelotas e para o futebol pelotense.

O bom do futebol é que mesmo após um ano tão frustrante como esse, sempre vem uma nova temporada. E, com ela, a esperança que nossos clubes consigam, enfim, dar alegrias aos seus torcedores.
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